Circuito Territorial Pré-Congresso

Este ano iremos realizar o pré-congresso, que consiste em uma agenda de circuitos territoriais por comunidades indígenas, museus de território, circuitos da herança africana e afro-brasileira e demais espaços de memória e resistência. Esta ação se relaciona com um dos objetivos principais do Congresso, buscando valorizar diferentes cosmovisões, territórios e sujeitos histórico-sociais enquanto produtores de conhecimentos.

Circuito da Herança Africana na Pequena África

O Circuito da Herança Africana na Pequena África é um importante roteiro para contar não só a história da escravidão, mas também das culturas e resistências afro-brasileira. O Brasil foi o país que mais recebeu escravizadas e escravizados do continente africano. E foi um dos últimos países a abolir a escravidão. Dia 13 de maio é celebrado o Dia da Abolição, assinado pela princesa Isabel.  Mas como deve ter sido o dia 14 de maio?

Após a abolição não houve nenhuma política de reparação para essa grande população. Era tão grande que na chegada da família real no Rio de Janeiro existiam mais negros do que brancos. Especula-se que a cidade era formada em média de 60 por cento de negros e negras. Essas e outras histórias contaremos em nosso percurso. Roteiro: Largo São Francisco da Prainha; Pedra do Sal; Mirante do Valongo; Jardim Suspenso do Valongo; Cais do Valongo; Cemitério dos Pretos Novos; Museu da História e Cultura Afro-brasileira.

 

Mediador: Cosme Fellipsen é liderança local da região da Pequena África. Morador do Morro da Providência, criador do Rolê dos Favelados, guia de turismo e mediador cultural, vem trabalhando a integração da cidade, promovendo guiamento na favela e no asfalto com temáticas relevantes que estão em pauta na atualidade, como: direito à cidade; direito à favela; cultura; segurança; música; religiosidades; território, entre outras. Desde o início da sua prática de guiamento, em 2016, já guiou mais de 7 mil pessoas para conhecer o Morro da Providência.

Data: 17/outubro
Horário: 08h-11h (20 vagas)
Ponto de saída e retorno: Sesc Madureira
Recomendações gerais: levar água, boné/chapéu, protetor solar e ir com roupas confortáveis, preferencialmente sapato fechado. O circuito será feito a pé durante todo o caminho.   

 


Circuito Indígena com Visita à Aldeia Maracanã

A terra de Martinho, antes de ser de Martinho da Vila, era de Martim de Sá, mais conhecido como Araribóia. Mas pouco carioca sabe disso, assim como desconhece o significado do próprio gentílico. Afinal, “carioca” seria mesmo a “terra do homem branco”? Para abrir um espaço de discussão da história do nosso país com uma vertente decolonial, oferecemos esta mediação territorial com destaque para a participação indígena na formação da sociedade brasileira.

Faremos um passeio guiado no qual conversaremos sobre as histórias da região do Maracanã, as influências dos povos indígenas em nosso cotidiano, a resistência indígena no contexto urbano e a diversidade de manifestações étnicas e culturais desses povos. O circuito inclui, ainda, um convite para adentrarmos a Aldeia Maracanã para aprendermos sobre sua cultura, vivências e práticas territoriais.

 

Mediadora: Daniela Mahmud é comunicadora social com especialização em Relações Públicas formada pela UERJ. Atuou em grandes empresas na comunicação estratégica e no treinamento de executivos para falar em público. Realiza mediações em museus cariocas, especialmente na região da Pequena África, relacionando o acervo negro à história da cidade do Rio de Janeiro, numa perspectiva de resgate de memórias e identidades.

Data: 20/outubro
Horário: 08h-11h (20 vagas)
Ponto de saída e retorno: Sesc Tijuca
Recomendações gerais: levar água, boné/chapéu, protetor solar e ir com roupas confortáveis, preferencialmente sapato fechado. O circuito será feito a pé durante todo o caminho.   

 

 



Circuito de Favelas pelo Morro da Providência

O rolé pela primeira Favella do Brasil, o Morro da Providência, consiste em uma visita guiada pelos pontos históricos e mirantes do morro. A Providência é considera a primeira habitação “não formal” a ser chamada de “Favella”. E logo após o surgimento dela em 1897 outras ocupações também foram recebendo o mesmo termo.

Em cada parada deste tour, um assunto de relevância é abordado, como: “O que é a Favella? O que é ser favelado?”, além de temas como religiosidade, mecanismos de resistência territorial, cultura e identidade afro-brasileira, e muito mais.

 

Mediador: Cosme Fellipsen é liderança local da região da Pequena África. Morador do Morro da Providência, criador do Rolê dos Favelados, guia de turismo e mediador cultural, vem trabalhando a integração da cidade, promovendo guiamento na favela e no asfalto com temáticas relevantes que estão em pauta na atualidade, como: direito à cidade; direito à favela; cultura; segurança; música; religiosidades; território, entre outras. Desde o início da sua prática de guiamento, em 2016, já guiou mais de 7 mil pessoas para conhecer o Morro da Providência.

Data: 19/outubro
Horário: 08h-11h (20 vagas)
Ponto de saída e retorno: Sesc Madureira
Recomendações gerais: levar água, boné/chapéu, protetor solar e ir com roupas confortáveis, preferencialmente sapato fechado. O circuito será feito a pé durante todo o caminho.   

 


 

Circuito da Favela da Rocinha com o Museu Sankofa

Ao propor contar a memória e a história da Rocinha, o Museu Sankofa busca uma construção crítica em relação às narrativas que reproduzem um imaginário estigmatizado sobre a favela. Seja pela oralidade das memórias de seus moradores, seja através dos documentos que inscrevem a história, o museu prioriza a construção de narrativas históricas que partam do ponto de vista dos moradores da Rocinha. Pensando dessa forma então por onde podemos começar a contar a história da Rocinha? Como podemos definir o que a Rocinha representa? Durante o percurso, iremos caminhar pelas vielas da Favela da Rocinha pelos principais pontos históricos, debatendo sobre memórias, vivências, territórios e identidades.

 

Mediador: Antonio Carlos Firmino é licenciado em Geografia, mora e trabalha na maior favela do Brasil e atua na área social, educacional e cultural no Estado do Rio de Janeiro há cerca de 30 anos. Atuou na coordenação do projeto Fruto da Matriz Africana da Rocinha da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, no projeto Matriz Africana da Origem do Surgimento da Rocinha e como membro e pesquisador da Rede Museologia Social RJ. Em 2008, junto com quinze ativistas, criou o coletivo do Museu Sankofa: Memória e História da Rocinha, instituição da qual é sócio-fundador e coordenador.

Data: 19/outubro
Horário: 08h-11h (20 vagas)
Ponto de saída e retorno: Sesc Tijuca
Recomendações gerais: levar água, boné/chapéu, protetor solar e ir com roupas confortáveis, preferencialmente sapato fechado. O circuito será feito a pé durante todo o caminho.

 

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